O Grupo CPFL Energia encerrou o primeiro trimestre de 2024 com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorde de R$ 3,86 bilhões, alta 9,5% em relação ao mesmo período de 2023. O lucro líquido ficou em R$ 1,75 bilhão, incremento de 6,3% em relação aos primeiros três meses do ano passado.

Os resultados foram impulsionados, principalmente, pelo segmento de Distribuição e refletem o crescimento do consumo de energia, bem relevante nos primeiros meses do ano em função das altas temperaturas, e o controle de custos em todos os segmentos de negócio.
A carga na área de concessão, líquida de perdas, subiu 5,1% no período, chegando a 19.419 GWh. Já o mercado, apresentou um aumento no volume de venda de energia de 5,3% em relação ao mesmo período de 2023, alcançando 11,4% na residencial e 10,0% na comercial. Essas classes foram favorecidas não apenas pelas temperaturas, mas também pelo cenário macroeconômico mais favorável. A indústria apresentou um aumento de 2,2%, mostrando sinais de recuperação.

Ainda em Distribuição, a inadimplência mostrou tendência de alta no período, resultando em um indicador de 1,22% (PDD/Receita de Fornecimento). Esse aumento se deveu à elevação do ticket médio das faturas em função das temperaturas mais altas, ao menor ritmo de cortes de energia - por conta do redirecionamento de equipes para casos emergenciais causados pelos temporais – e aos efeitos sazonais do aumento de gastos das famílias no início do ano.

No trimestre, os investimentos chegaram a R$ 1,09 bilhão, alta de 1,1% em relação aos mesmos três meses do ano passado. Desse total, 84% foram destinados aos negócios de Distribuição, para expansão e modernização das redes das quatro concessionárias do grupo. “A previsão de R$ 28, 3 bilhões em investimentos até 2028 está mantida. Estamos destinando recursos principalmente aos nossos segmentos de Distribuição e Transmissão para implementar novas tecnologias, sempre com foco no atendimento ao cliente, com qualidade e eficiência, e assegurar nossa receita futura, garantindo a sustentabilidade dos nossos negócios no longo prazo”, afirma Gustavo Estrella, CEO do Grupo CPFL Energia.
No segmento de Geração, a redução dos níveis de vento levou ao recuo no volume de energia eólica gerada, de 849 GWh registrados no primeiro trimestre de 2023 para 635 GWh, realizados nos mesmos três meses deste ano. Ainda assim, o segmento contribuiu para a alta do Ebitda, com reajustes contratuais.

Cabe ainda ressaltar a boa performance de Opex do Grupo, que se manteve estável em relação ao 1T23.

ESG: Após o rebalanceamento da carteira 2024 do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da B3, a CPFL Energia passou a ocupar o 2º lugar na listagem geral e o 1º entre as empresas do setor de Utilities. Foram listadas 78 empresas de 36 setores. “Estar entre os primeiros colocados no ranking do ISE reflete a consistência das práticas ambientais, sociais e de governança do grupo CPFL, direcionadas pelo nosso Plano ESG 2030”, afirmou Estrella.

Dividendos: Em Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada em 26 de abril de 2024, foi aprovado o pagamento de dividendos no valor de R$ 3.173 milhões, equivalente a R$ 2,75/ação. O pagamento da primeira parcela, no valor de R$ 1,4 bilhão, R$ 1,197652144/ação, ocorrerá em 13 de maio de 2024. O restante será pago até 31 de dezembro de 2024.

Temporais no Rio Grande do Sul: Os negócios da CPFL Energia que atuam no Rio Grande do Sul – Distribuição, Geração e Transmissão, foram, de alguma forma, afetados e a empresa segue comprometida em reestabelecer o fornecimento o mais breve possível, respeitando as condições técnicas e de segurança.