O Grupo CPFL Energia encerrou o terceiro trimestre de 2023 com EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,1 bilhões, alta de 5,6% em relação ao igual período de 2022. No acumulado dos nove meses do ano corrente o resultado foi de R$ 9,7 bilhões, 14,9% acima de igual período do ano passado. 

Os resultados foram impulsionados pelo segmento de Distribuição, favorecido, sobretudo, pelo desempenho das classes residencial e comercial, que apresentaram crescimento de 5,1% e 2,9%, respectivamente, influenciadas por um melhor momento econômico. As ondas de calor registradas na área de concessão em setembro também resultaram em uma elevação da carga e, consequentemente, em uma maior receita “não faturada”. O segmento de Distribuição como um todo contribuiu com uma adição de EBTIDA na ordem de R$ 213 milhões, alta de 14,2%. No acumulado do ano, o segmento contribuiu com uma adição de EBTIDA na ordem de R$ 658 milhões, alta de 12,7%, com destaque para os efeitos positivos da base de ativos regulatórios durante os processos de revisão tarifária das distribuidoras, e queda da inadimplência em relação ao mesmo período de 2022. A CPFL encerra os nove meses de 2023 com redução de 20,5% na PDD (Provisão para Devedores Duvidosos). 

Já no segmento de Geração, que encerrou o trimestre compondo R$ 1,1 bilhão no resultado do grupo, o crescimento foi de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado positivo se deve basicamente à consolidação do projeto Enercan (UHE Campos Novos), que no 3T22 era contabilizado apenas por equivalência patrimonial. Desconsiderando esse efeito, o segmento teria apresentado um resultado menor,  refletindo impacto do menor volume de despacho de usinas eólicas ao longo do trimestre, devido às restrições do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No acumulado em nove meses, a geração acrescentou um total de R$ 456 milhões, tendo registrado crescimento de 18,2%, reflexo da consolidação de Enercan e da maior geração de energia nos parques eólicos.

A CPFL também manteve em curso seu cronograma de investimentos, os quais somaram R$ 3,5 bilhões no acumulado de nove meses de 2023.  Deste total, 77% foram destinados ao segmento de Distribuição, seguido por Transmissão (14%), Geração (8%) e Comercialização e Serviços (2%). 

Evento climático no Rio Grande do Sul: Em setembro de 2023, o Rio Grande do Sul enfrentou o pior desastre natural de sua história, com a ocorrência de um ciclone extratropical. O fenômeno climático provocou a destruição de pontes, falta de comunicação, danos na rede de distribuição e dificuldade de acesso a muitas comunidades, entre elas, o Vale do Taquari, região atendida pela RGE. 

“O rastro de destruição deixado pela força dos ventos, acima de 110km/h, foi desolador e tornou ainda mais desafiadores os trabalhos de reconstrução da rede.  Mobilizamos nossos times para recompor o sistema elétrico da RGE na região, após a passagem do ciclone. Houve áreas em que a rede foi totalmente destruída e tivemos que reconstrui-la. Em cerca de 10 dias, conseguimos restabelecer a energia e viabilizar providências emergenciais às famílias atingidas”, conta Gustavo Estrella, CEO do Grupo. 

No total, foram 500 profissionais por dia, 1.815 postes recuperados; 429 transformadores substituídos, além das doações angariadas por meio do projeto de Voluntariado Semear, formado por colaboradores do grupo CPFL.

E-commerce: Na área de negócios, a CPFL Soluções lançou uma plataforma de e-commerce, na qual os clientes poderão realizar contratação de energia no curto prazo, compras de créditos de carbono e certificação I-REC, além de realizar o processo de migração para o mercado livre.

Reconhecimento: Neste terceiro trimestre, a CPFL conquistou o primeiro lugar do prêmio Valor 1000 entre as empresas de energia, premiação realizada pelo jornal Valor Econômico. Também alcançou a primeira colocação entre as empresas do setor no Anuário Época Negócios 360, promovido pela publicação de mesmo nome. Além disso, recebeu reconhecimento por seu compromisso com a diversidade, sendo incluída no Índice de Diversidade da B3 (IDIVERSA), lançado em agosto.