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Árvores de grande porte e com plantio irregular causaram 37% de interrupção de energia na região de Bauru nos últimos três anos

Data:
23/05/2022
Escrito por:
Assessoria de Imprensa

A preocupação com a vegetação local tem sido tema de discussões na CPFL Paulista onde o programa Arborização + Segura já está implementado


Os sucessivos temporais ocorridos recentemente trouxeram novamente à tona uma necessidade de discussão quanto a presença de árvores de grande porte nas áreas urbanas dos municípios de São Paulo: será que elas estão de fato crescendo nos locais adequados? Por que não poderíamos ter árvores menores nas ruas, trazendo os mesmos benefícios para o meio ambiente e menor riscos para a população? 


Estes riscos atualmente têm se concretizado com frequência, com quedas de árvores sobre veículos, casas e até sobre pessoas. Quanto à rede elétrica, também é um dos maiores desafios enfrentados pela CPFL em eventos climáticos de grande intensidade. Sempre que há ventos fortes, as árvores de grande porte próximas à rede elétrica acabam provocando interferências no fornecimento de energia e traz riscos à população, além de interromper serviços essenciais como fornecimento de água e hospitais. Isso ocorre com um simples toque de um galho na fiação ou com a queda de uma árvore sobre fios e outros equipamentos. Estas interferências exigem grandes esforços das equipes da CPFL para restabelecer o fornecimento de energia e minimizar riscos à segurança da população.


A arborização urbana é fundamental para a preservação de aspectos ambientais importantes, como regulação do microclima e refúgio de fauna, além do conforto térmico. No entanto, árvores de grande porte em áreas urbanas não têm uma convivência harmônica e sem riscos, especialmente em temporais.


Além de todos os casos de danos as propriedades e as pessoas que vimos constatando, nos deparamos também com as sucessivas interferências na rede elétrica registradas. Nos últimos três anos – entre 2019 e 2022 -- só na região de Bauru, 37.44% das interferências na rede elétrica foram causadas pela vegetação e causaram interrupção no fornecimento de energia em dias críticos de intempéries, que envolvem tempestades e vendavais”, observa José Carlos Brizola, Gerente de Operações de Campo da CPFL


A origem desses conflitos geralmente é plantio desordenado de árvores de espécies de grande porte muito próximo da rede elétrica e na ausência de manutenções periódicas de condução e/ou substituição dos exemplares, muitas vezes com sua estrutura já comprometida, por espécies que possam se desenvolver em sua plenitude sem causar impactos às infraestruturas de utilidade pública, como redes elétrica, internet, telefonia, água, esgoto, gás, iluminação pública, dentre outras estruturas do contexto urbano. “Os temporais vão continuar acontecendo e a rede e demais estruturas do contexto urbano precisam existir. Então, para mudar essa realidade precisamos evitar o plantio ou optar por espécies de menor porte, sendo essa a principal estratégia do Programa Arborização+Segura da CPFL já firmado com a prefeitura de Bauru, que buscar apoiar as prefeituras no reordenamento da arborização urbana identificando árvores de grande porte inadequadas e as substituindo gradativamente por outras de menor porte”, diz Brizola.


Obviamente essa não é a única causa de interrupção, mas é a que está nas mãos de todos nós – distribuidora, comunidade, poder público – para ser resolvida, podendo reduzir muito os transtornos aos clientes durante temporais.


Responsabilidade – A legislação brasileira estabelece que os municípios são responsáveis, de forma geral, pela gestão da arborização urbana, incluindo a execução de podas preventivas e de condução das árvores. Essa determinação está nos artigos 30, 182 e 183 da Constituição Federal, e nos artigos 98 e 99 do Código Civil. Respeitando estas prerrogativas, o Código das Águas, de 10 de julho de 1934, em razão dos serviços públicos de eletricidade ser de competência da União e considerados perigosos, possibilitou às concessionárias intervirem na arborização quando as árvores próximas às redes acarretassem riscos de acidentes e de interrupção do fornecimento de energia elétrica.


Manutenção – Em 2.021, a CPFL Paulista executou mais de 320 mil podas de árvores, para 2.022 a projeção é que em número chegue em 340 mil podas. Esse trabalho segue um planejamento cíclico anual, baseado em critérios técnicos e diretrizes da ABNT NBR 16246-1, as quais devem ser compatibilizadas com as diretrizes da ABNT NBR 15688:2012, que traz os espaçamentos mínimos entre rede elétrica e vegetação pelo aspecto técnico operativo da rede, sendo realizadas visando ao menor impacto visual e ambiental possíveis. 


Para isso, as equipes são devidamente treinadas e capacitadas, o ferramental utilizado é o mais adequado para atividade, além das respectivas licenças ambientais dos órgãos competentes. “Esse é o trabalho que fazemos para garantir a segurança da população, reduzir as interferências na rede elétrica e, consequentemente, seus impactos com interrupções de energia elétrica. Mas é fundamental a consciência de todos, para que tenhamos um convívio harmonioso e sem riscos a integridade física das pessoas. Assim, antes de plantar, faça uma análise correta da espécie da árvore e do impacto que ela trará no futuro, não só para a rede elétrica, como também para tubulações de água e esgoto. Na dúvida, procure por orientações de profissionais capacitados”, salienta Brizola. 


Desafios - Ao longo dos últimos anos, a CPFL vem investindo em tecnologias que diminuem a interferência da vegetação no sistema elétrico, mas entendemos que a solução definitiva seja a substituição das árvores de grande porte sob a rede, tornando as áreas urbanas mais seguras, mais harmoniosas e com menor interferência no fornecimento de energia a população. Para tanto, precisamos conscientizar a população e gestores municipais da arborização urbana dos riscos de um plantio inadequado e os benefícios que trazem uma arborização planejada, com espécies compatíveis com os locais de plantio em consonância com as estruturas do contexto urbano, atuando de forma preventiva em parceria com o poder público, iniciativa privada e população, para que possamos avançar na reordenamento da arborização urbana, criando um ambiente mais seguro à população.